[manifestações de apoio] CAF, Coletivo de Ação Feminista de Curitiba

No 11º ato contra a tarifa em São Paulo, um grupo de meninas segurava uma flecha/placa apontanto para um homem, escrito “MACHISTA AGRESSOR” com uma foto do indivíduo. Esse homem é participante do MPL São Paulo e faz seis meses agrediu verbalmente, ameaçou e destruiu a casa de ex-sua companheira, que também participava do MPL SP naquela altura. A questão foi colocada a público pela garota durante a reunião do MPL e o rapaz disse que admitia o erro e que entraria em acompanhamento médico, o que de fato aconteceu. Porém, mesmo assim – e por razões lógicas, diga-se de passagem – a garota resolveu afastar-se do coletivo. Agora, nesse fim de março, o Coletivo Feminista Autônomo Contra o Aumento, organizou-se acerca dessa questão e realizou uma ação direta contra o agressor: o escracho público.

Muitas opiniões surgiram quanto ao ocorrido no ato. Muitas pessoas e grupos aprovaram a ação e muitos foram contra. Os que são a favor acreditam que essa é uma maneira de auto-defesa e de trazer à público essa questão da violência contra a mulher que também acontece dentro de organizações de esquerda. Os que são contra dizem que foi vingança pessoal, que isso deveria ser resolvido dentro do MPL SP, e que essa atitude somente dissemina a violência, já que ela é violenta da mesma forma.

O que acontece agora, de um modo geral, é que ninguém mais fala da agressão, do sofrimento da mulher, dos traumas que lhe foram impostos, mas sim da ação em si e dos traumas sofridos pelo homem agressor por conta da humilhação pública.

O CAF – Coletivo de Ação Feminista – ainda está discutindo sobre a questão, mas, de ante-mão, podemos dizer que apoiamos a atitude das companheiras.

http://acaofeminista.blogspot.com/2011/04/carta-do-coletivo-alisomostodas-em.html

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