[manifestações de apoio] CARTA SORORARIA A LA RED DE FEMINISTAS AUTÓNOMAS CONTRA EL AUMENTO DESDE MEXICO

[em português a seguir]

Nosotras mujeres y lesbianas de colectivas de autodefensa feminista de Mexico estamos rabiosas, histéricas, locas, ¡sí! Porque cada vez que sabemos de una agresión en contra de una de nosotras nos sentimos también agredidas y ya no nos callaremos, ¡vamos a sacar esa rabia pa fuera! El día 30 de abril, algunas compañeras feministas vinculadas al movimiento contra el aumento en pasajes hicieron un escrache denunciando al agresor Xavier (Rafael Pacchiega). Este “compañero” es militante del MPL y aún después de haber agredido a algunas compañeras ha seguido su militancia en los espacios públicos de lucha contra el aumento de los pasajes en São Paulo. Una parte del Movimiento por el Pase Libre sigue siendo cómplice de esa violencia, pero estas feministas han decidido reaccionar y luchar para que el movimiento sea realmente contra los torniquetes, incluso los torniquetes de la violencia machista que muchas veces impiden a las mujeres formar parte de movimientos sociales mixtos. Apoyamos su acción porque sabemos que existe un mundo de posibilidades de accionar frente a la violencia machista y apoyamos todas las formas de resistencia. Sabemos que estamos inventando resistencia y por eso muchas veces dudamos de lo que estamos haciendo, principalmente cuando somos constantemente criticadas por esa resistencia. Sabemos que cuando resistimos el opresor responde porque no quiere perder sus privilegios, por eso somos deslegitimadas en nuestras acciones. Sabemos que cada vez que somos deslegitimadas nos hacemos más fuertes porque nos unimos, nosotras mujeres que queremos cambiar el mundo, empezando por el nuestro. Sabemos que el silencio nos inmoviliza por eso no permitiremos que ninguna violencia sea invisibilizada y pase como si nada hubiera acontecido. No creemos en líderes, no creemos en mártires, somos muchas, somos cada una y todas. Sabemos que ningún agresor es necesario en ningún movimiento social. Sabemos que ninguna lucha vale más que nuestras vidas y que el silencio frente a una agresión puede significar nuestra muerte. Sabemos que las mujeres que hicieran el escrache en Sao Paulo no estaban boicoteando la lucha en contra del aumento de los pasajes, sino que como parte de esa misma lucha, como parte de ese mismo movimiento, estaban transformando esa lucha en una lucha libertaria, anticapitalista, antimachista, antiracista, antiestado, sin jerarquizar ninguna de ellas, porque el cambio es en todos los sentidos. Por eso y por mucho más, apoyamos las acciones hechas por la red de feministas autónomas contra el aumento, contra la permanencia no cuestionada de un agresor machista en el centro de las movilizaciones contra el aumento de los pasajes en São Paulo. Exigimos justicia: justicia no patriarcal, justicia no estatal, justicia feminista y autónoma. Exigimos responsabilidad y acción frente a las denuncias. ¡Ninguna agresión más será silenciada! ¡Si nos tocan a una nos toca todas! ¡Estamos en todas las partes! .

………………………..PORTUGUÊS……………………………………

Nós, mulheres e lésbicas de coletivos de autodefesa feminista na Cidade do México, estamos raivosas, histéricas, loucas, sim! Porque cada vez que sabemos de uma agressão contra uma de nós nos sentimos também agredidas e já não vamos mais ficar caladas, vamos colocar essa raiva pra fora! No ultimo dia 30, algumas feministas contra o aumento fizeram um escracho denunciando o agressor Xavier (Rafael Pacchiega), militante do MPL que mesmo depois de ter agredido a algumas companheiras continuou sua militancia nos espaços públicos de luta contra o aumento das passagens em São Paulo. Parte do Movimento pelo Passe Livre continua sendo cúmplice dessa violencia, mas algumas feministas decidiram reagir e lutar para que o movimento seja realmente contra as catracas, inclusive as catracas da violencia machista, que muitas vezes impede que mulheres façam parte de movimentos sociais mistos. Apoiamos a ação de voces, porque sabemos que existe um mundo de possibilidades de agir frente a violência machista, e apoiamos todas as formas de resistencia. Sabemos que estamos inventando resistência e por isso muitas vezes duvidamos do que estamos fazendo, principalmente quando somos constantemente criticadas por essa resistência. Sabemos que quando resistimos, o opressor responde, já que não quer perder seus privilégios, e por isso somos deslegitimadas em nossas ações. Sabemos que cada vez que somos deslegitimadas nos tornamos mais fortes porque nos unimos, nós mulheres que queremos mudar o mundo, começando pelo nosso. Sabemos que o silêncio nos imobiliza e não permitiremos que nenhuma violência seja invizibilizada e passe como se nada tivesse acontecido. Não acreditamos em líderes, não acreditamos em mártires, somos muitas, somos cada uma e todas, e sabemos que nenhum agressor é necessário em nenhum movimento social. E sabemos que nenhuma luta vale mais que nossas vidas, e que o silêncio frente a uma agressão pode significar nossa morte. Sabemos que as mulheres que fizeram o escracho em São Paulo não estavam boicotando a luta contra o aumento das passagens, mas sim, como parte dessa mesma luta, como parte desse mesmo movimento, estavam transformando essa luta em uma luta libertária, anticapitalista, antimachista, antiracista, antiestado, sem hierarquizar nenhuma delas, porque a mudança é em todos os sentidos. Por isso e por muito mais apoiamos as ações feitas pela rede de feministas autônomas contra o aumento, contra a permanência não questionada de um agressor machista no centro das mobilizações contra o aumento em São Paulo. Exigimos justiça, justiça não patriarcal, justiça não estatal, exigimos responsabilização e ação frente as denuncias. Nenhuma agressão mais será silenciada! Se mexem com uma, todas nos levantamos! Estamos em todas as partes!

This entry was posted in manifestações de apoio. Bookmark the permalink.